terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O abraço

Ele não diz nada. E nem precisa. O silêncio já fala por si. Dura apenas alguns segundos, mas poderia ser eterno. Você não quer que aquele momento acabe. E mesmo quando termina, você ainda o sente. Continua sem saber o que dizer. São tantas coisas. Mas o abraço já disse muito. Mesmo sem dizer nada. Odeio despedidas.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

O maior amor do mundo

É difícil falar de quem a gente gosta. Ainda mais se gostamos muito dessa pessoa. Poderia passar horas falando de você. Sempre me impressiona, mas nunca me enganou. Tem jeito durão, é mandona, irrita muita gente, por vezes é anti-social, mas, na verdade, é uma carente, romântica, que adora atenção. Vive tomando a frente da situação, mas o que gosta mesmo é de ser conduzida. Você tem medo de confiar nos outros. Eu sei que as pessoas vivem te decepcionando, mas tente não cobrar tanto delas. Aliás, uma das coisas que mais odeio em você é quando se mete em assuntos que não são seus e toma para si as dores que não são suas. Você tem um gênio forte. O que acontece é que não sabe ver algo errado e ficar quieta. Também adora retribuir as provocações, né? Não adianta: você não vai mudar o mundo e nem as pessoas. Já cansei de pedir para relaxar. Há coisas que as pessoas terão que aprender sozinhas e não será você quem as convencerá de que estão erradas. Você também vive errando por aí. Apesar disso, gosto muito de você.

É tão fácil te deixar feliz. Basta tocar no rádio uma música que você gosta e já verei um sorriso no seu rosto. Um elogio e seus olhos já se enchem de lágrimas. Você adora saber que as pessoas gostaram do que fez, né? Gosta tanto que às vezes nem mostra algo com medo de não agradar. Que bom que está superando isso, porque nem sempre as pessoas vão gostar de tudo o que você faz. Parece uma criança falando das coisas que gosta. E se diverte igual a uma quando está perto dessas coisas. Aliás, por vezes você é tão inocente que até me espanta. Como pode haver pessoas que ainda pensam como você? Otimista, romântica, sonhadora, sensível. Pena que só mostra isso para poucos. Coloca o pé no chão, menina! O mundo não é tão inocente quanto você acha que é. Embora também não seja a serpente que às vezes você imagina.

Ainda acredita em amor eterno? Sabia! Viu muito conto de fadas na infância. Achou que tudo era possível, bastava acreditar. Até que cresceu. Viu que nada é tão simples assim. Sente-se como uma criança no meio de adultos. Sei que não é de ficar idealizando, embora se pegue várias vezes sonhando. Quer alguém com que possa se divertir, falar das suas conclusões malucas sobre o mundo e as pessoas e mostrar um pouco desse seu jeito tão sexy. Às vezes você é racional demais, sabia? Pensa muito e faz pouco. Mas prefiro você assim: meiga, divertida, fogosa e, ao mesmo tempo, tímida e racional. Então, do nada, você desencana de algumas coisas, joga tudo para o alto e faz suas maluquices. Deixa o momento guiar a situação e se rende aos encantos do que sente. Suas histórias me divertem. Mal sabem os outros que esses momentos são apenas surtos, embora você fosse adorar surtar com mais freqüência, né? Mas se controla porque sabe que todas as ações têm conseqüências.

Às vezes você me parece tão triste, como se faltasse algo em sua vida. Queria que soubesse que sempre estarei por aqui. E nunca vou desistir de você. Sei o quanto luta para conseguir uma vida digna, regada com algumas regalias que tanto gosta e que têm um preço. Você pensa no futuro, tem ideais e acredita neles. Confio em você, na sua fidelidade e no seu potencial. Quando estiver mal, tome uma coca, ouça uma música e coma um chocolate que você melhorará. Sabe que estou por perto. Sou quem mais quer o seu bem. Veste um roxo, passa um lápis na cara e tudo sempre ficará bem. Não se esqueça disso, porque enquanto essas coisas bobas - e até fúteis - te deixarem feliz, elas serão importantes para mim. Te amo. E te amo de uma forma como nunca vou amar ninguém.

De mim, para mim mesma! xD

O Vida Bailarina fez uma carta assim e pediu para os leitores fazerem algo semelhante. Aí está a minha. Agora desafio os meus dois ou três leitores a fazerem o mesmo. Quando fizerem, me avisem.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Sapato da vez

Vi em um blog o prêmio “Sapato de Ouro 2009” e tive que copiar. Depois do episódio de um jornalista iraquiano jogar dois sapatos em Bush no meio de uma coletiva de imprensa – e não acertar nenhum, é dada a largada: em quem você jogaria um sapato?

Vale lembrar que o tal jornalista, Muntadhar Al-Zeidi, 29, agora herói para os anti-Bush, irá aos tribunais e, de acordo com o que dizem por , poderá pegar até sete anos de prisão. Há os que acharam a atitude corajosa e há também aqueles que comparam o ato violento de invadir um país ao ato violento de arremessar um sapato. Contudo, aposto que jogar pelo menos uma garrafa de água na cabeça do presidente, ou de quem quer que seja, já deve ter passado pela cabeça de muitos. Se é errado ou certo, não sou eu quem vai julgar. Aqui a gente só imagina, não quer dizer que iremos fazer.

Então, contem-me, em quem vocês gostariam de jogar um sapato? E por que?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Um jeitinho para tudo

Há muitas coisas para se fazer em uma sexta-feira à noite: cinema, bares, baladas. Mas não, eu queria ir ao teatro. A peça era gratuita, meu bolso agradeceria e depois dela teria inúmeros bares para fechar a noite.

- Por favor, três ingressos para "O Sacrifício".
- Os ingressos acabaram.
- Acabaram?
- Sim, acabaram.
- Faz tempo?
- Desde 12h30.

A gente tenta ser “cult”, mas o mundo é mesmo dos espertos. Neste caso, de quem trabalha pelos arredores da Av. Paulista ou conhece alguém por lá. Era 19h30 e nossas barrigas suplicavam por comida. Mas se quiséssemos ver a peça, o jeito era ficar na fila da desistência a espera de pessoas que tivessem uma boa dor de barriga, de cabeça ou por algum outro motivo não conseguissem chegar no horário. Ou seja: uma hora na fila e mais duas de peça. A barriga tinha que entender. Depois a encheríamos de batata frita e cerveja. E entendeu. Aguardou quietinha as três horas porque nem todos os espertalhões que foram cedo pegar ingressos compareceram na hora.

Também há varias coisas para se fazer em um sábado à tarde: passear com o cachorro, fazer pic-nic no Ibirapuera, cinema, dormir. Mas não, eu queria assistir uma ópera no Teatro Municipal.

- Dois ingressos para "Almahl e os visitantes noturnos", por favor!
- Os ingressos já acabaram.
- Mas no site falava que iria começar a distribuir apenas às 14h.
- E começamos a distribuir às 14h.
- E já acabaram?
- Sim, já acabaram.

Olhei no relógio: eram exatamente 14h05. Minha amiga falava em alto e bom som que é humanamente impossível distribuir tantos ingressos em cinco minutos. Não acreditamos no que ouvimos e ficamos de plantão ao lado da bilheteria para nos certificar de que isso era realmente verdade. De fato, eles repetiram para os outros o que nos disse. O pessoal saia reclamando e nós aproveitávamos para ressaltar que aquilo era impossível. Uns minutos mais tarde, uma mulher saiu com dois ingressos na mão. Eu fui até ela:

- Desculpe, esses ingressos que a senhora pegou é para qual espetáculo?
- "Almahl e os visitantes noturnos".
- Filho da p***!

Pegamos a fila novamente. A mulher da bilheteria tentou nos convencer de que os ingressos que aquela mulher pegou era de alguém que desistiu.

- Mas se nós estávamos na frente dela, por que não deram os ingressos para a gente? Chegamos 14h05.
- Fiquem por aqui, se alguém desistir nós chamamos vocês.

Santa ignorância! Nós ficamos ali o tempo todo e ninguém foi devolver nada. Observei pessoa por pessoa. Alguns minutos depois, um homem fez um sinal para nós. Tímidas, sem saber se o sinal era para a gente, voltamos à bilheteria.

- Oi?
- Quantos ingressos vocês querem?
- Dois.

Discretamente, ele destacou dois ingressos e nos deu. Mais discretamente ainda, dobramos e o guardamos. Estávamos livres para comer porque faltava mais de uma hora para começar a ópera. Nossas barrigas já não agüentavam mais. Agora eles estavam livres para dar ingressos a quem queriam. Afinal, não ficaríamos mais ali enchendo o saco, contando nossa história para as outras pessoas e perguntando qual era o ingresso que os outros tinham na mão quando saiam da fila.

É...O mundo é mesmo dos espertos. E para tudo dá-se um jeitinho.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Falta pouco

Essa semana está no fim, minhas férias estão chegando e, enquanto isso, as notícias estão bombando: o ex da Susana Viera morreu, disseram que foi por cocaína, depois acharam manchas de sangue no carro, parece que policias forneceram drogas ao falecido - quando ainda estava vivo, claro -, uns dizem até que ele foi assassinado e que o culpado é o Louro José. Bem...Não importa, porque isso não muda em nada a minha vida. Aliás, muda sim, eu me divirto vendo os capítulos dessa novela.

Deixando a futilidade de lado, tem vários programinhas legais na cidade. Aí vão algumas dicas:

No Centro Cultural FIESP
- Sacrifício

Sacrifício conta uma história de amor e morte, revelando o absurdo da violência. O texto toma como eixo a peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, com direção de Cibele Forjaz e a adaptação de Fernando Bonassi.

De quarta a sábado, às 20h30 domingos, às 19h30 (só vai até o dia 14/12)

Entrada franca

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No Teatro Municipal
- "Amahl e os Visitantes Noturnos"
ópera de G. C. Menotti

Dia 13, sábado, 16h

Eloisa Baldin, Dênia Campos – sopranos
Paulo Queirós – tenor
David Marcondes, Sandro Bodilon e Eduardo Paniza – barítonos
Marizilda Hein, piano
João Malatian, direção cênica

Entrada Franca


Divirtam-se!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cena de cinema

- Aquele cara de laranja pediu para eu trazer essa cerveja para vocês.
- Hãn?
- Não se preocupem. Ele já pagou.

Já passava das 23h e iríamos trabalhar no outro dia, mas precisávamos discutir sobre o filme que acabávamos de assistir. Uma cerveja. Era somente uma cerveja. O filme foi muito bom e queríamos falar das nossas impressões sobre ele. O longa foi “Queime depois de ler”, dirigido pelos irmãos Coen: um sarcasmo a sociedade fútil que vive hoje. De um lado, um homem obcecado por fazer exercícios e estar em forma. Trair a mulher era quase um hobby para ele. Do outro, uma mulher de meia idade em crise com o próprio corpo. Ela se mostra capaz de fazer qualquer coisa para conseguir dinheiro e aumentar os seios, tirar as rugas, diminuir a bunda e a barriga. Há ainda uma organização que nos mostra a “coisificação” do ser humano. Deixamos de ser alguém, composto de alma, sentimentos e história: está atrapalhando a nossa ação? Então mata. Alguém presenciou o assassinato? Não? Então, está tudo bem. O processo se assemelha muito com um tabuleiro de dama: se para chegar com a peça até o outro lado e fazer uma dama é preciso comer as peças do adversário, então isso será feito. Agora transforme as peças em pessoas e o ato de comer em matar. É mais ou menos isso. Sem falar nas relações amorosas. Todo mundo trai todo mundo. É uma beleza! Estamos na casa da mãe Joana.

- O mesmo cara mandou entregar esse papel para vocês.

Era um bilhete com o nome e dois telefones do cara que nos pagou a cerveja. Alguns minutos depois:

- A conta de vocês já está toda paga. Ele pagou.

Aquilo parecia cena de cinema. De fato, há inúmeros roteiros de longa-metragem em que o cara paga bebida para uma garota. Mais que isso, esse episódio era uma extensão do filme que vimos. Um cara de uns 30 anos pagando cerveja para duas garotas de pouco mais de 20. Não. Não estou me referindo a diferença de idade, mas a forma como ele fez tudo. Pagou nossas cervejas, mandou alguém nos entregar o telefone, ao sair, fez um gesto imitando um telefone com a mão, disse um “me liga” e foi embora. E será que ele acha mesmo que vamos ligar? Não achamos ele bonito e nem podemos dizer que era legal, pois não teve a capacidade de se sentar conosco, se apresentar e puxar assunto. Claro que iríamos preferir falar do filme, mas pelo menos não teria agido como um idiota. Bem...Nós bebemos de graça. Não posso reclamar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Como um homem se torna pau-mandado

Nas minhas últimas conversas de mesa de bar, reencontrei alguns amigos. Logo, chegam as novidades: uma entrou na faculdade, outra se formou, um terminou o namoro que durava mais de um ano, outro está namorando, e por aí vai. Entre os assuntos, um me deixou intrigada: a influência feminina na vida dos homens. Sabe aqueles caras que adoram pregar a liberdade? Então, um dia eles encontram alguém que os domine. As garotas, por egoísmo, insegurança, falta de auto-estima ou medo de serem traídas, querem mantê-los na reta – leia-se “excluídos da sociedade”. Resultado: fazem aqueles joguinhos de "Os seus amigos não gostam de mim, então não vou sair com eles", "Sair? Ah! Vamos ficar em casa, a gente aluga um filminho e talz. Deixa seus amigos pra lá" ou "Você já vê seus amigos todos os dias". Sim, tenham o prazer, essas são as chantagens emocionais femininas – pra não dizerem que sou machista, depois faço a versão masculina para essas chantagens.

Mulher sabe fazer isso muito bem. E sabe ser chata também. Quando o cara se der conta, já estará dominado, esqueceu os amigos e deixou de fazer várias coisas que gostava. Esse foi o motivo de um deles terminar o namoro. Enquanto isso, o celular do outro tocava de dez em dez minutos. Era a namorada dele, querendo saber onde estava, com quem, por que estava demorando tanto e por que não iria logo para a casa dela. Se o namoro já é assim, imagine se casarem.

O quê? Se sou mulher? Ah! Sim. Eu sou. Mas é que por ser eu conheço essas façanhas femininas. Se sou assim? Eu sou mulher, né? Mas me esforço para não ser. HAUAHAUAHAUA Brincadeira. Não acho que todas as mulheres sejam dessa forma.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Uma época que não faz tanto tempo assim

Toda criança adora atenção. E eu sempre gostei de muita. Anos atrás, minha mãe trabalhava o dia inteiro enquanto meu pai trabalhava de noite. Ou seja: era com ele que eu passava a maior parte do tempo. De manhã, ele levava meu café até a sala, onde, abraçada com minha boneca, eu assistia alguns desenhos. Mais tarde, enquanto ele fazia alguns trabalhos, eu ficava ali ao lado, desenhando. A escada da minha antiga casa era grande e, como eu vivia caindo, quando queria descer, gritava: "Paieeeeeê!". Logo, ele subia, fazia uma cadeirinha com os braços e me levava até onde eu queria. Se eu dormisse no sofá, como um bom pai, ele me levava até a cama e me cobria. Incrível como as coisas mudam:

- Paieeeeê?
- O que que é?
- Apaga a luz para mim?
- Deixa de ser preguiçosa, apaga você!

De expressão de carinho, isso passou a ser comodismo, mas ninguém me avisou. Sexta-feira foi aniversário do meu pai. Às vezes, as pessoas escolhem seguir caminhos diferentes e, embora convivam juntas, é como se estivessem separadas por milhas e milhas de distância.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Para pensar

Em uma das conversas de mesa de bar, perguntou-se: “O que você escreveria em sua lápide?”.

- Aqui jaz alguém que tentou mudar o mundo.
- E o que você faz para mudá-lo?
- Começo por mim.

Essa é uma resposta digna de Gandhi, né? Mas foi dada por ele.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Em busca da Literatura da vida real

Quem já tentou comprar algum livro da Eliane Brum, provavelmente, não conseguiu, ou teve muito trabalho para encontra-lo. Nem encomendas as livrarias faziam. Sim, eu tentei. E várias vezes. Aos admiradores dessa gaúcha, devo dizer: “Seus problemas acabaram!”. Pelo menos aquele de encontrar um livro da Brum. Ela lançou recentemente “O olho da rua”. Já que trabalha na Época, dessa vez, a editora foi a Globo. Ou seja: o livro é fácil de encontrar em qualquer livraria. Com o destaque, as outras publicações dela vieram à tona. Acabei de comprar “A vida quem ninguém vê”, segundo livro da jornalista, por um preço baratérrimo.

Para quem não conhece Eliane Brum, vamos a uma breve apresentação. Ela já ganhou quase quarenta prêmios de reportagem, foi repórter no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, desde 2000 é repórter especial da revista Época e acaba de lançar o terceiro livro. A saber, o primeiro foi “Coluna Prestes – O Avesso da Lenda” (Artes e Ofícios, 1994) e o segundo, ganhador do Prêmio Jabuti 2007, na categoria melhor livro de reportagem, é “A vida que ninguém vê” (Arquipélago Editorial, 2006). Ah! Ela também é muito citada nas aulas de jornalismo quando o tema é perfil, pois se destacou pela escrita literária, rica em detalhes. Mais que isso, ela valoriza as pequenas histórias, sensibiliza-se com o outro e consegue enxergar aquelas vidas que ninguém vê.

Leia mais aqui.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

E a história continua...

Depois de transformado em espetáculo pela mídia, o "caso Lindemberg" estará estampado nas páginas de "A Tragédia de Eloá - Uma Sucessão de Erros", que será lançado esse mês, escrito por Marcio Campos, jornalista da Rede Bandeirantes, pela Editora Landscape.

E aos que ficaram inconformados com a forma como o seqüestro foi tratado pela televisão, o Ministério Público Federal de São Paulo entrou com uma ação contra a Rede TV! e pede R$1,5 milhão para a emissora. Para quem não se lembra, o programa "A Tarde é Sua", apresentado por Sônia Abrão, exibiu duas entrevistas com Eloá e Lindemberg. Ou seja: além de usar a imagem da menor sem autorização judicial, interferiu o trabalho dos policiais e ainda transformou o caso em um "espetáculo midiático". Leia mais aqui.

É verdade que a Sônia Abrão não foi a única a explorar a notícia, mas haja paciência. Conversar em rede nacional com um seqüestrador em pleno seqüestro não é uma atitude de muito orgulho, para não dizer mais. É por essas e outras que quando me perguntam que curso eu faço, depois de responder que é jornalismo, "senta que lá vem história". É critica para todos os lados, como se jornalismo se resumisse a programas que passam no período da tarde e eu fosse a culpada pelo sensacionalismo. Bah!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Problemas do mundo feminino

Nós crescemos folheando revistas com mulheres belíssimas e assistindo a programas de TV com garotas de biquíni exibindo seus corpos. Resultado: as meninas crescem achando que também desenvolverão corpos assim. Logo, chega uma idade em que percebemos que não vamos ficar exatamente iguais ao modelo de perfeição divulgado pela mídia.

Sempre achei a beleza relativa. Afinal, as gordinhas também namoram, casam e têm filhos. Mas, de fato, há uma cobrança maior com o sexo feminino. Depois do primeiro susto - ok! Não sou uma gostosona de plantão – a gente faz o que pode: se arruma, passa uma maquiagem e dá um trato no cabelo. E até que nos saímos bem nessa parte. Como costumo dizer: “Nada melhor que um bom lápis de olho e uma coca-cola para nos deixar feliz”. Contudo, depois dos 20 anos vem o segundo susto: celulite. Pois é, nesse momento descobrimos que a parte da “coca” não foi uma boa idéia.

Percebi que o assunto “celulite” é um choque para mais novas e algo normal para as mais velhas. Enquanto me trocava outro dia, percebi que havia algo errado com uma parte da minha bunda. Olhei atentamente, toquei, apertei, olhei mais perto ainda, abri a janela para melhorar a iluminação e voltei para o espelho. Sim, aquilo era uma celulite. Mas eu sou magra! Como poderia ter celulite? Conversando com outras pessoas, vi que isso é normal.

Preocupada, fui pesquisar sobre o tema. O que descobri? Não são apenas refrigerantes que causam celulite, a má alimentação também. Evitar fritura, bebida alcoólica, leite, bolacha recheada, pizza, sorvete, bolo, torta, entre outros de uma lista enorme, é o que eu deveria fazer. Sempre comi frutas, verduras e legumes, mas deixar de lado todas essas besteiras é demais! Seria linda e infeliz.

Depois da descoberta, a primeira revolta é com as comidas. “Por que diabos comer tem que engordar, trazer celulite e deixar a pele feia?”. Em seguida, as pessoas e seus conceitos de perfeição é que nos revoltam. “Por que diabos eu não posso ter uma celulite?”. Logo depois, a revolta é consigo. “Mas, espera um minuto, por que diabos eu preciso me preocupar com o que os outros vão pensar?”.

Não dispensarei coca, cerveja, chocolate e nem pizza, mas vou reduzir a quantidade. Afinal, também faz mal pro ego parecer um maracujá. E também vou procurar algum creme que consiga tirar aquela celulite. Alguém tem alguma dica? HAUAHAUAHAUAHAU

Comentários inoportunos

Conselhos são sempre bem-vindos, mas ouvi-los não significa que vou segui-los. Geralmente, lembro deles depois que faço a merda.

Estava acompanhando uma amiga no banco. De repente, chegou a mulher do meu chefe.

- Oi! Tudo bem?
- Tudo!

Ela subiu as escadas, mas logo voltou:

- Eu estou cheia de coisas, com celular, relógio e mesmo assim sempre passo pela porta. Já outras pessoas eles sempre param.
- Ah! Quer saber? Acho que eles vão pela cara da pessoa, sabia? - disse eu.
- Claro, eles acham que a pessoa tem cara de trombadinha e travam a porta, né? - disse minha amiga, meio sem graça.

As duas riem forçando riso e eu fico sem entender nada. Trinta segundos depois chega a filha dela: bem vestida, com óculos escuro e água na mão. Era para ela que o segurança tinha travado a porta.


Quando minha mãe diz que às vezes é melhor eu ficar quieta, ela tem razão.

Coisas que não consigo entender

Hoje de manhã entrei no site Submarino e lá estava um “Bom dia, Andréia!”.

- Hãn? Como assim?

Tá, eu entrei no meu e-mail antes e não cliquei em “sair”. Deve ter sido por isso. Sim, eu sei que não temos privacidade na internet, mas essas coisas ainda me assustam.

E depois reclamo quando minha mãe começa a fazer aqueles comentários de espanto quando manda uma mensagem por celular ou e-mail.

- Nossa! Mas como é que isso consegue chegar para outra pessoa? Essas coisas são muito avançadas para mim.

No fim das contas, acho que não estou tão longe dela.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Máfia na família Félix

O Magnando me inspirou em uma das últimas postagens quando falou sobre mafiosos. O autor do blog confessou até que, ao invés de quando criança ter o sonho de ser médico, astronauta ou jogador de futebol, queria ser um mafioso. Essa vontade não me traz muita estranheza porque filmes sobre máfia são mesmo muito bons. Exceto, é claro, pelo final desastroso em que eles costumam morrer ou ir presos. Contudo, dinheiro e poder são uma ótima combinação. A atração é inegável.

Falando em filmes e profissões, foi em "Tempo de matar" que quis ser advogada. A paixão e empenho de Matthew McConaughey pela profissão eram tão cativantes e empolgantes que, aos 12 anos, já estava decidida: seria advogada. Dois anos depois, quando conheci uma garota super descolada que fazia publicidade, pensei: "Hummm, acho que publicidade é mais a minha cara". Pouco depois, descobri naturalmente que deveria ser jornalista - amava ler revistas de qualquer gênero e ficava imaginando como eu escreveria aquelas matérias que lia.

Mas deixemos esse assunto de "o que eu queria ser quando era criança" de lado. A minha idéia inicial era falar sobre a relação entre mafiosos e minha atípica família. Não. Não somos criminosos foragidos, nem fazemos contrabando de drogas. Ah! Fiquem tranqüilos, meu pai também não tem capangas. É que geralmente, nas outras casas, é o pai e/ou o filho mais velho que gostam desse estilo de filme. Na minha não. Essa façanha fica por conta da minha mãe e do meu irmão mais novo. Além do box completo de " O poderoso chefão" e de coleção de filmes do Al Pacino, minha mãe usa falas da família Corleone para me dar conselhos. É isso mesmo. Mas como uma filha desatenta e esquecida, agora, só lembro de um deles: "Nunca deixe os outros saberem o que você está pensando". Sábio, não? Pois é, filmes, e ainda de mafiosos, rendem muito assunto lá em casa.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Só para registrar

Sem querer copiar o cigarette-break, porque não gosto de escrever na primeira pessoa, mas hoje senti vontade de falar um pouco sobre minhas percepções sobre o mundo e as pessoas. Do quanto é fácil cobrar e de quanto é difícil ceder. Do quanto é fácil falar e de quanto é difícil fazer.

Sinceramente, odeio exageros. De qualquer tipo. Eles quase sempre são passageiros. Posso parecer fria, mas quem me conhece sabe que existe uma romântica aqui dentro. Só que não saio por aí dizendo que o mundo é um mar de rosas e nem que amo todo mundo. Até porque não acho que o mundo seja tão perfeito e nem amo todo mundo. Quem ouve de mim uma palavra doce é porque merece, já que não costumo ser simpática com todo mundo. Onde quero chegar? Bem...Hipocrisia, cinismo e arrogância parecem ser características naturais do ser humano. Deve ser isso. Não vejo outra explicação para me deparar todos os dias com pessoas que conseguem ser as três coisas ao mesmo tempo.

Isso chega a um ponto em que um fala mal de alguém e esquece que já fez o mesmo, pede algo para alguém que esnobou e disse que não precisaria de ajuda, divulga ideologias e não sabe cumpri-las. Essas situações parecem comuns? É aí que está o problema. Uns ligam mais, outros menos, mas esses episódios acontecem. E achar comum é como aceitá-los. Ainda estou na fase de inconformismo. Vejo, não gosto, não aceito e respondo à altura: mostrando onde está a ironia e a hipocrisia da situação. Mas essa fase não quer passar e já está comigo por um bom tempo.

Ferrado e sem meia. Algo mais?

Como já dizia um professor que tive, estudante sempre está duro. Acabar o crédito no bilhete único, precisar de dinheiro para tomar um lanche ou para sair, dever dinheiro para o pai, a mãe, os amigos e para a vó é algo comum entre eles. Contudo, parece que nem todos sabem disso, pois alguns querem que a meia-entrada acabe.

Um amigo estava me contando sobre o assunto e disse até que estão estudando a possibilidade de não haver meia-entrada nos finais de semana e feriados. E eis que me pergunto: "Então, que dia sobra? E quanto aos que trabalham e estudam e só têm esses dias para sair?".

Hoje de manhã, saiu uma pequena nota no Metrô News envolvendo o tema: "O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que está havendo um derrame de carteiras estudantis falsas, inviabilizando o acesso a cultura, em função dos altos preços praticados pelos organizadores dos eventos. Medida usada para compensar o número de meia-entradas e o próprio lucro do espetáculo...".

Ao invés de tirar o benefício, não seria melhor confiscar as carteirinhas na entrada? Isto é, se o problema é mesmo esse: documentos falsos. Um tempo atrás, lembro-me que era muito mais barato ir ao cinema, por exemplo. Não que justifique, mas há ingressos que são tão caros que o preço da inteira é um absurdo. Conseqüentemente, há quem falsifique. E o acesso à cultura já é tãaaao grande que um ato desses só vai desestimular os estudantes e diminuir a quantidade de público em espetáculos culturais. Aliás, só vai revoltá-los, pois duvido que aceitem perder o direito da meia-entrada.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quando o seu irmão usa o mesmo número que você

Não, meu irmão não emagreceu. Na verdade, ele sempre foi magro, mas só agora descobriu que usar camisetas grandes e largas é feio - Claro, na minha opinião e, agora, na dele também.

Estávamos nos arrumando para ir ao show do Judas Priest.

- Tira essa blusa. É show do Judas e não do Épica.
- Mas eu não gosto de Épica! E nem estou toda de preto - Apesar da bota, da meia e da regata serem pretas, a saia era jeans.
- Coloca uma camiseta do Iron Maiden.
- Mas eu não tenho uma.
- Então, pega a minha do Ozzy. Ela é tamanho P.
- Mas e aquela do Judas? Ela também não é P? Me empresta ela?
- Mas eu vou usá-la.
- Ah! Você tem tantas camisetas. Usa a do Iron.

Pensa. Pensa mais um pouco. E enquanto ele pensa, eu pego a camiseta do Judas e visto.

- Estou melhor agora?
- Está, mas eu que iria vestí-la.

Coloca a camiseta do Iron, reclama um pouco e nós vamos ao show. Mais rápido que uma bala. HAHAHA

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Relatos da Lei de Murphy

Sabe aqueles momentos em que tudo parece ser regido por Murphy, um cara sarcástico que não tem mais o que fazer e se diverte vendo os outros se darem mal?


Ontem, quando sai do trabalho, a chuva estava fortíssima, mas consegui uma carona da minha editora até o metro Praça da Árvore. 1x0 para mim. Mesmo assim, não consegui evitar e me molhei para entrar e sair do carro. 1x1. Quando cheguei no metrô Bresser não estava mais chovendo. 2x1. A fila para ir de lotação estava grande e, como não tenho muita paciência para esperar, resolvi ir a pé. Uma gotinha aqui, outra ali. Resolvi abrir o guarda-chuva. De repente, começou a cair uma chuva absurda. 2x2. Pelo menos eu estava de bota e não iria molhar meu pé. 3x2.Inocência minha. A safada da água encontrou um compartimento secreto e chegou até ele. 3x3. Mas a bota era de salto e, pelo menos, a água não passaria dos dedos. 4x3. Santa inocência. Sabe quando se molha a pontinha do papel e a água se espalha e vai subindo? Então, foi isso que aconteceu com minha meia. 4x4. Várias poças d'água. 4x5. Meu guarda-chuva estava furado. 4x6. Os galhos das árvores empurravam o guarda-chuva para eu me molhar mais. 4x7. Mais poças d'água. 4x8. Ah! Cansei de contar. Desisto. Murphy venceu! /o\

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Encontros e desencontros

Sabe aqueles momentos em que você quer falar algo, mas não sabe o que dizer?

Na minha época de ginásio, se duas pessoas não se davam bem, o problema era resolvido depois da aula. Simples assim: "Na hora da saída eu te pego". Como sempre atrai confusões, ouvi essa frase duas vezes. Da mesma menina. Ela era forte, me assustava e era preciso medir as palavras para não comprar briga. Com a confusão já armada, as horas passavam e o medo chegava. E, nesses momentos, não faltavam idiotas para perguntar: "É verdade que fulana quer te bater?". Da primeira vez, um menino que gostava de mim foi me defender. Da segunda eu já não lembro, mas nada aconteceu. Passado uns nove anos, estava eu voltando para casa ontem e, já perto do meu ponto, ela apareceu, toda sorridente:

- Ooooooooi!
- Oi.
- Tudo bem?
- Tudo.
- Quanto tempo...
- Né?

Coça os olhos. Faz cara de sono. Quase tropeça quando o ônibus passa pela lombada. Equilibra-se no banco. Olha para baixo.

Foram os 20 segundos mais longos do dia. Queria ter perguntado como ela estava. De onde estava voltando. Se estava trabalhando ou estudando. Onde estava morando. Mas não perguntei. Não consegui. Achei tudo que eu pensei em falar muito idiota. Ela continua igualzinha. E assustadora também. Talvez não houvesse o que dizer. Embora fossemos da mesma sala, nunca fomos amigas. Por que será, né?


O ônibus parou, ela desceu e cada uma foi para um lado. Iria dizer “tchau”, mas não deu tempo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Carência Social

- O que você acha das pessoas que colocam suco de limão no olho para ele ficar claro?
- Hãn?
- Tem pessoas que colocam limão no olho para deixar o olho claro. Você sabia? O que acha disso?

Era sexta-feira. Quase meia-noite. Estava voltando para casa. Como de costume, não passei a catraca e sentei na frente, no banco para idosos. Faço isso para pensar na vida, em como foi o meu dia e, logo, adormecer aos poucos, por uns 35 minutos, rezando para acordar antes do meu ponto. Nesse horário o ônibus não lota, não tem trânsito e eu durmo muito bem. Embora já tenha passado da minha casa algumas vezes, confio no meu sexto sentido que vai fazer eu acordar na hora certa. Quase sempre dá certo.

- Acho que faz mal, né?
- Claro! Claro que faz mal.

O homem, que aparentava ter entre 25 e 30 anos, pega papéis com pesquisas sobre a visão.

-Sabe, é muito interessante estudar sobre os olhos....
- Ahan...
- Podemos descobrir muitas coisas sobre os olhos. Muita gente sofre por falta de informação, mas eu estou estudando bastante.

Minutos antes estava com uns amigos em uma conversa de mesa de bar. O tema? Se quando uma pessoa se suicida as que estavam em volta dela devem ou não responder por não tê-la ajudado. Caso alguém próximo teve a possibilidade de ajudá-la e não o fez, é obrigado a pagar em forma de serviços sociais. Não concordei. Acredito que no caos que vivemos, podemos sim deixar de perceber tristeza na outra pessoa, pois mal conseguimos entender a si próprio. Além disso, sempre há outras opções e cada um é responsável pelo o que faz.

Contudo, deixei meu lado anti-social. Conversei com o rapaz até a minha casa. E a conversa foi boa. Ele tem uma doença - não lembro o nome - que afeta a visão. Então, resolveu pesquisar o máximo para entender o que tinha. Gostou tanto do assunto que até quer ser oftalmologista. Tive uma aula sobre retina, córnea, artérias e afins.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Más recordações

Trinta e um de outubro: Dia das bruxas.

Devo confessar que só fui uma única vez a uma festa de halloween. No entanto, antes não tivesse ido a nenhuma. O que esperar de uma festa no dia de hoje? Músicas do Marylin Manson, Iron Maiden e Black Sabath? Roupas pretas ou fantasias? Pois é, era isso que eu imaginava encontrar há uns três anos quando fui convidada para uma festa do gênero. No entanto, ao contrário do que me disseram, só tocou funk, axé e cia. Fiquei sentada a noite toda e, muito provavelmente, taxada de a "chata" do lugar. E não poderia ser diferente. Resultado? Tenho medo desse tipo de festa se não for em lugares de minha confiança.

Poderia dizer que confundir culturas é algo comum por aqui, mas bruxa era o termo usado na Idade Média, durante a Inquisição, para classificar mulheres que, na maioria das vezes, não eram católicas. Muitas foram presas e queimadas vivas em praça pública, sob a acusação de fazerem bruxaria. Nessa época, metal era apenas uma barra de ferro e faltava centenas de anos para ser denominado um estilo musical.

A diferença é que muitas das músicas de metal falam de magia, Inquisição, Idade Média ou retratam temas que podemos ligar às bruxas. Já funk fala de ...Hãn..Sexo? O_o'

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Segunda-feira de revoluções por minuto

Mania nossa achar que somos os únicos a gostar de algo.

Segunda. De noite. Paulo Ricardo. Shopping Metrô Tatuapé. Mas quem é que gosta de Paulo Ricardo? Inocência minha. Esqueci de fazer a pergunta mais importante: Quem promoverá o evento? Resposta: Alpha FM, a rádio dos bregas! Sem ofensas, porque adoro a rádio, mas vindo dela, claro que o show lotaria – e lotou mesmo.

Sim, eu tinha aula. Mas era o Paulo Ricardo. Nunca gostei de “Usurpadora”, mas lembro que assistia aos seriados do SBT e esperava até a abertura da novela só para cantar: “Se eu soubesse que ia ser assiiim, tudo por naaada. Eu confesso que acrediteeei, em meiaaas verdaaades....”. Transformava o controle da televisão em microfone e, sozinha em casa, cantava a música com o maior feeling.

Pois bem, lembrei que o frontman é formado em jornalismo e resolvi seguir o conselho do coordenador do meu curso: “É sempre bom ouvir o que os jornalistas mais velhos têm a dizer”. Então, não pensei duas vezes: Fui ao show.

Deveria ter começado às 19h30, mas, assim como casamento, show sempre atrasa. Cheguei às 18h40 e as senhas para sentar nas cadeirinhas já tinham acabado, as grades que davam vista para o palco já estavam cheias e as escadas, que também proporcionariam uma ótima visão, também já estavam lotadas e disputadas, mas foi por lá que fiquei. Foram quase duas horas de apresentação.

Do meu lado esquerdo havia um cabeludo com camiseta do Guns que mostrou ser mesmo fã de Paulo Ricardo. Do direito, uma menina que falava que não imaginávamos o quanto ela amava o frontman. Atrás, estava um segurança, que eu imaginava que estava lá para nos proteger. Mas que nada! O cara sabia todas as letras, ou pelo menos o refrão. E quando tocaram covers de Queen, Beatles, U2, INXS, entre outros, ele também sabia cantar. E não foi só isso, ele pulava e agitava muito. Um exemplo! Já na minha frente estava uma loira que desenhava corações no ar e gritava “lindo” a todo o momento – não que fosse mentira, pois o Paulo Ricardo ainda está no ponto. O curioso foi um pequeno detalhe: O namorado dela estava do lado, tirando fotos e mais fotos para ela. Vai entender essas pessoas, né? Fiquei até com dó do cara.

No palco, a banda estava ótima, mas que o vocalista é um ótimo frontman já não é novidade. Galanteador, envolvente, simpático, carismático e dono de uma linda voz, ele conseguiu fazer todos cantarem, pularem, dançarem e se divertirem – inclusive muitas senhoras de cinqüenta e poucos anos. E a platéia era a mais diversificada possível. Na M. Office tinha até um casal de vendedores que dançava exibindo, cada um, uma cueca branca. Com que intuito? Sei lá...

O fato é que o show foi muito bom e ele conseguiu parar o shopping. Entre sucessos do RPM e muitas covers, até cantou aquela música da Usurpadora que eu tanto gosto. Engajado, comentou sobre as eleições de São Paulo e dos Estados Unidos e conscientizou todos sobre a importância da doação de órgãos. E foi nesse momento que citou o manjado caso do seqüestro de Santo André. O intrigante é o que ele disse sobre o acontecido: “Foi como transformar realidade em filme”. Bem... Ele canta a música de abertura do Big Brother, certo? E esse programa faz o que mesmo? Pois é... Vamos deixar esse assunto para lá. Eu já disse que o show foi muito divertido?

Hoje tem Lobão!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O populista

Hoje, além de anteceder o dia do funcionário público, ter show do Paulo Ricardo de graça - e eu não poder ir - e ter que entregar um artigo que ainda não fiz, é aniversário do Presidente Lula.

Li uma entrevista muito interessante com ele feita pelo Ricardo Kotscho. Uma das perguntas é essa aí:


"Balaio: Para terminar a nossa conversa, presidente: o que você gostaria de ganhar de presente de aniversário?

Lula: Já ganhei no sábado… O meu Coringão voltou pra primeira divisão…"


O que dizer? É...Voltamos sim, presidente!

Leia a entrevista completa aqui.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E não é que vai mesmo sair?

Sexta-feira, dia do último debate e, por definição de muitos - e inclusive minha, dia de uma boa conversa de mesa de bar. Mas sem falar do seqüestro em Santo André, né? Chega!

Para fechar o ano com chave de ouro, Judas Priest, AC/DC e Metallica resolveram presentear os fãs com novo disco. Com isso, a mídia especializada centrou-se nos três. Como falar do tão aguardado Chinese Democracy já perdeu a graça, pois ele mais parecia ser um álbum póstumo, talvez tantos lançamentos tenham inspirado Axl Rose a finalmente lançar o prometido CD. Depois de seis anos, chego a conclusão de que quando Sebastian Bach dizia que o disco do amigo de rastafari estava pronto, ele não estava mentindo. Já tem até música single tocando por aí, mas desde o último Rock in Rio - feito literalmente no Rio de Janeiro, é que circulam músicas do novo, que já é velho, Chinese Democracy. Os gunners de plantão que me desculpem, mas demorou tanto que nem quero mais. Também não acho que a banda terá a mesma repercussão de antes. Óbvio, né?

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Se hoje te odeio, amanhã lhe tenho amor

Essa é uma quarta-feira de muita gripe, dor de cabeça e sinuzite, mas..Nem tudo é perfeito.


Diante de tantos assuntos, não poderia me ausentar do blog. O interessante é que vários desses assuntos giram em torno do mesmo caso: O seqüestro em Santo André. Um exemplo é jornalista querendo ser o salvador da pátria e conversar com o seqüestrador por celular. Nunca vi uma coisa dessas. Para que ter treinamento para lidar com essas situações, né? Afinal, qualquer um pode negociar com um cara descontrolado (Claro...). O que mais me espanta é a pessoa ter a pretensão de conseguir cumprir a missão. Assim como odiamos quando outros querem exercer funções de jornalistas, deveríamos saber que, se fizemos jornalismo, não somos médicos, nem policiais ou economistas. Jornalista é jornalista! Como diz uma música por aí, cada um no seu quadrado, certo? (Péssima citação!?! O_o)


E da mesma forma como a mídia consegue transformar um seqüestro em espetáculo, fazer todos se sensibilizarem, odiarem Lindemberg e chorarem junto com os familiares, no outro dia, ela pode fazer todos ficarem contra a família. Interessante, não? Tem até gente dizendo que a arma usada pelo garoto foi dada pelo pai de Eloá, que a mãe da menina é fingida e daí para mais.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Amor às avessas

Há várias maneiras de demonstrar que se gosta de alguém:

1- Tem aqueles que amam e não se cansam de dizer isso a todo momento: por telefone, e-mail, orkut, pessoalmente...
2- Tem os que gostam, mas só dizem que amam em momentos especiais.
3- Tem os espertinhos que dizem amar alguém com segundas intenções, pensando em o que a frase poderá lhes render.
4- Tem o tipo inseguro que não diz "eu te amo" para ninguém com medo de se iludir.
5- Tem aqueles que dizem amar, mas quando você diz que não quer nada, impressionantemente, no outro dia já está com outra.
6- E, finalmente, tem os que dizem amar e, se a pessoa não corresponde, matam, agridem, seqüestram....

Esse último item parece ser o caso do romântico de 22 anos Lindembergue Fernandes Alves, que, até o momento em que escrevo esse post, mantém a ex-namorada refém na casa dela.
Leia mais aqui.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mais quente que o inferno!

Quem viu o debate ontem percebeu que a tensão entre os candidatos era grande. Um diz que fez mais, a outra responde que tinha menos recursos e que agora pode fazer ainda mais. Um questiona projetos, enquanto a outra prova que os projetos apresentados pelo rival eram dela e já foram vetados por ele alguns anos atrás. Um fala que quer discutir idéias e não citar nome de terceiros, a outra aproveita para falar que não tem vergonha de seus aliados. Um fica ainda mais tenso quando a outra quer mostrar as origens do candidato (PFL, que nasceu do Arena - partido que apoiava a Ditadura Militar).

Pois é, o programa estava bom. Quem não viu, perdeu! O horário eleitoral promete! Pena que estarei na faculdade.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Coisas interessantes

É engraçado como um “relaxa e goza” fica gravado e um “Seu vagabundo!” - para um cara comum em um hospital público - é esquecido.

É curioso usarem um disket para gravar os votos da urna eletrônica se os computadores novos nem tem espaço para colocá-lo.

É estranho não ser entrevistado em pesquisa do IBOP e nem conhecer ninguém que já foi.

É confuso ouvir o povo falando que votaria no candidato do DEM por ele ser “punho firme”. O que seria punho firme? Alguém que impõe suas idéias, mesmo todos sendo contra, e insiste nelas até o fim? Alguém que não muda de opinião e não desiste de seus planos mesmo que todos discordem? Alguém linha dura? Seja o que for, isso não me parece uma coisa boa.

Nossos escolhidos
Entre os vereadores eleitos está o Netinho de Paula. Será que ele vai dar um dia de princesa para todas as mulheres da cidade? E será que vai ter danone à vontade? hehehe (piadinha infame? O_o')

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Enquanto isso, no horário de pico da Sé...

-Ao embarcar, não fique na região das portas. Vá para o corredor!
(Ah! Claro, ficamos ali no meio sem ter lugar para segurar porque queremos, né?)

-Não empurre. Vamos evitar acidentes!
(Hum! Hoje eu acordei mesmo com uma vontade de evitar acidentes...)

Não é possível! As pessoas que falam isso não devem utilizar o metrô. Ou o grau de cinismo delas é avançado. E nós, sufocados no meio dos outros, ainda somos obrigados a ouvir esses comentários.

PS Finalmente essa semana acabou. Estou exausta e não agüento mais ouvir falar em legislação.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Perdi alguma coisa?

É, as eleições estão chegando. No entanto, eu ainda não parei para e assistir o horário eleitoral e não pesquisei sobre as propostas de ninguém, embora eu receba milhares de papéis na entrada da faculdade e até veja vários candidatos por lá em busca de votos. Sinceramente, acho tão humilhantes as situações que vejo de pessoas pedindo voto. Ontem mesmo eu estava andando e um candidato a vereador estirou as mãos oferecendo um cartão e dizendo "Esse sou eu". A primeira coisa que me passou pela cabeça foi "E daí?". Quando leio livros ou relatos da década de 70 e 80 percebo que as pessoas, sobretudo os jovens, eram mais engajados politicamente e havia uma agitação, um desejo, uma esperança e tudo parecia muito empolgante. Nada disso acontece agora e mesmo os mais velhos, que eram os revolucionários de antigamente, parecem que cansaram. Política já não é tão mais legal. Essa vai ser a primeira eleição que meu irmão mais novo vai participar e, entretanto, ele não sabe nada de política, votos, lei, candidatos e afins. Na verdade, nem eu sei tanto assim.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Mudanças de hábito

Há palavras que falam por si. Só dizê-las já desencadeia inúmeras referências. Com "Sexta-feira" acontece o mesmo. Olhem a lógica:

Sexta-feira= bar+amigos+cerveja+conversademesadebar+........

Mas as sextas já não são mais as mesmas. Hoje, elas têm outro significado:

Sexta-feira= aula até 22h30+cansaço+chegar em casa e ir direto para a cama+"finalmente amanhã é sábado, mas ainda vou ter que acordar cedo"+.........

É, pois é. E a época de provas ainda nem começou. Mas eu gosto dessa agitação. A gente aprende a gostar!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sabe?

Sabe quando a gente olha para os outros pensando em como são idiotas e, quando se dá conta, também fez algo muito idiota?
Sabe quando você sabe que a outra pessoa está mentindo e ela continua insistindo na idéia?
Sabe quando você já cansou de se estressar e só que se preocupar no momento exato em que as coisas estão acontecendo?
Sabe quando tudo parece que vai dar errado, mas você acredita que ainda pode dar certo?
Sabe quando você tem consciência de que não deve confiar nos outros e, de repente, percebe que está tropeçando na mesma pedra?

Pois é, essas coisas estão acontecendo muito!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Medo!

Notícias de hoje:

Navios russos partem para exercício conjunto na Venezuela

Segundo a BBC Brasil, a medida é vista como uma provocação aos Estados Unidos, cujas relações com ambos países está cada vez mais tensa.

Eu tenho medo disso! /o\

Boas intenções (!?!) que não dão certo (!?!)

Hoje é o "Dia mundial sem carro". E eu quero é ver no final do dia como foi o trânsito nas principais vias, porque na Rodovia Anchieta eu já sei que não foi bom. Lembro que no ano passado as manchetes do dia 23 eram algo como "SP enfrenta trânsito no dia mundial sem carro". De manhã, pelo menos lá nos metrôs das linhas vermelha e azul estava tudo normal (leia-se apertado, cheio de gente e empurra-empurra, assim como em todos os outros dias). Aqui, eles tentaram incentivar a caminhada. Isso até pode ser viável em cidades pequenas, mas em São Paulo poucas são as pessoas que trabalham perto de casa. Ou seja, para deixar o carro elas teriam que usar o transporte público. E será que o nosso meio de locomoção barato de todo dia suporta se todos resolvem aderi-lo? Não haveria tanto trânsito, é verdade! Em compensação, a frota de transporte pública não conseguiria atender a todos. Quem pega ônibus e metrô nos horários de pico sabe bem disso. E quem pode ter o prazer de ir ao trabalho com ar condicionado vai querer se espremer no meio dos outros por que? Dia mundial sem carro? Bah! A idéia é boa, mas isso não dá certo aqui!

domingo, 21 de setembro de 2008

Ciclo vicioso?

Todo mundo se lembra daquele cara que apresentou como TCC na Belas Artes várias pichações nas paredes da própria universidade, né? Pois é, a mídia crucificou o garoto, mas convenhamos que essa não foi uma grande atitude. Ele poderia ter mostrado que pichação é artes através de inúmeras maneiras. E por que eu ressuscitei esse assunto? Bem..estava eu lendo uma enquete da Folha de S.Paulo, "Você considera pichação uma arte?". Respondo que sim, o que correspondia a 5% dos votos, e, então, vejo o porquê da pergunta. Galeria de Pinheiros sofre invasão de pichadores. E quem estava lá acusado por tal ato? Isso mesmo, Rafael Guedes Augustaitiz, o mesmo aluno que foi expulso da Belas Artes por ato de vandalismo. É...nada a declarar!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Nos bastidores

Quando não têm notícia interessante para publicar, contar rumores é sempre uma boa! O mundo da música que o diga. Tantos boatos de que o Kiss viria ao Brasil. Meses depois veio a desilusão. Não, a banda não vai desembarcar em terras brasileiras! Pelo menos não esse ano, mas quem sabe ano que vem, né? Já perdi as contas de quantas vezes me disseram que o Bon Jovi viria. E quanto ao Stone Temple Pilots? Até chegaram a vender ingressos. E fã fica com os olhos brilhando só de saber que sua banda favorita pode vir. Estão dizendo por aí que o AC/DC vem mesmo, mas não sei não. Também falaram que o Van Halen viria e até agora nada. Embora eu saiba que editoria de música vive dessas notícias que logo são desmentidas, meu coração disparou quando ouvi que o Def Leppard viria para cá em novembro. Talvez seja mentira, e deve ser mesmo, mas só de imaginar já fiquei louca. Ah! Esses jornalistas que adoram publicar o que não tem certeza. Pior ainda quem fica eufórico lendo algo que sabe que não passa de um boato. A propósito, será que o Def Leppard vem mesmo?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Os últimos dias

Essa semana foi bem agitada, mas devo dizer que a agitação ficou nos noticiários. Ameaça de guerra civil na Bolívia, uma tal conversa de sermos engolidos por um buraco negro, o abandono de Alckmin, o recorde de Lula ao atingir 64% de avaliação ótima ou boa no governo, a notícia de que temos o metrô mais lotado do mundo (Bah! Novidade..). Embora diante de tantos acontecimentos, só houve uma conversa de mesa de bar nos último dias. Isto é, literalmente, lá no bar tomando umas mesmo, porque conversa de bar eu tenho todos os dias. Todavia, como hoje é sexta, é provável que haja outra conversa de bar, e no bar.

Hoje estréiam alguns filmes que parecem interessantes: "Ensaio Sobre a Cegueira", baseado no romance de José Saramago; "Mamma Mia!", com Meryl Streep; e "Perigo em Bangkok", com Nicolas Cage. Com tantos trabalhos da faculdade, mesmo querendo sair, possivelmente ficarei em casa.

Depois do resumo da semana e das dicas de cinema, eu encerro o post com uma das profecias de Nostradamus:

"Migrés, migrés de Genefue trestous,
Saturne d’or en fer se changera,
Le contre RAYPOZ exterminera tous,
Auant l’aruent le Ciel signes fera"

Para quem não entendeu nada, essa é a tradução:

“Deixai, deixai Genebra todos vos,
De ouro em ferro Saturno mudará,
RAYPOZ exterminará os que se oporem entre vos,
Antes do previsto, o Céu sinais mostrará”

E àqueles que continuam sem entender nada, algo como "LHC", um acelerador de partículas, feito para reproduzir o big bang, refresca a sua memória? Essa máquina está em Genebra, não é? E é lá que o velho bruxo profetizou que aconteceria algo que... Não parece muito bom.

Pois é, enquanto os cientistas malucos riem da hipótese de acontecer um buraco negro (que se acontecesse mesmo, não seria só em Genebra, acabaria com o mundo em alguns segundos, ou milésimos de segundos, sei lá..), nós, meros mortais, ficamos ansiosos, levemente assustados, fazendo teorias mirabolantes, ainda sem entender muito bem a finalidade de gastar mais de 10 bilhões de dólares para reproduzir o big bang, que ninguém sabe mesmo se aconteceu ou não. É, tudo indica que esse é um marco na história da Ciência.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Alguns erros cotidianos

Imagina você saber que morrerá em algumas semanas. O que faria? Ligaria para todos os seus amigos, resolveria intrigas, diria que ama que todo mundo, comeria tudo o que gosta sem medo de engordar, gastaria os últimos dias em parques admirando a natureza ou se aproximaria da família? Pois é, um aposentado britânico de 72 anos recebeu a noticia de que estava prestes a morrer. O que ele fez? Bem...Para começar, distribui 2/3 de sua economia à família e aos amigos e encomendou o próprio funeral. O problema, o grande problema, é que depois de fazer isso ele descobriu que tudo não passou de um mero engano médico. Engano esse que lhe custou cerca de 55 mil reais. Agora ele sabe que não tem câncer no pâncreas e nos pulmões em estágio terminal, mas apenas uma doença crônica da obstrução pulmonar. O que isso significa exatamente eu não sei, mas acho que ele se deu mal. Processar o hospital é uma boa!
Leia mais sobre o assunto aqui.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Filhos da cópia

Snuppy, 3 anos, nasceu da célula da orelha de um cachorro adulto


Alguém aí lembra da novela "O clone"? Apesar de saber que uma ovelha já foi clonada, esse parece um assunto que só reina em terras distantes. Mas que nada, ratos, vacas, ovelhas e até gatos e cachorros já foram clonados. Eu só espero que isso não tenha acontecido com um ser humano. Porque sabemos que eles só revelam algo depois de feito, né?

Recentemente, um cachorro que foi clonado, chamado Snuppy (nome engraçadinho, não?) se tornou papai. Afinal, para a cópia ser perfeita, é preciso reproduzir. E esse aqui conseguiu tal proeza. Filhos de um clone? Isso me parece muito estranho. E não é que sobreviveram nove dos dez cachorros nascidos? É...Cientistas não brincam em serviço (ou brincam até demais!?!).

Leia mais sobre Snuppy aqui.
Pensando Alto
Os que não acreditam nisso que me perdoem, mas penso que todo ser tem alma. Como hoje vários deles nascem não só naturalmente, mas também com uma pequena ajuda humana, fico imaginando o desespero dos responsáveis por organizar, selecionar e mandar as almas aqui para a Terra. Seria algo como: "Eles estão fazendo mais um cachorro. Cadê a lista dos que reencarnarão como cães? Quem é o próximo? Vai, vai logo! Já está nascendo!".

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Quantos corpos cabem em um único espaço?

Andar de metrô rende várias histórias. Eu tenho a sorte de ir para a faculdade sempre do lado de gordos. Não, o problema não é o físico deles, mas o fato de estarem tão suados que a camisa fica encharcada. E, claro, é ao meu lado que eles resolvem ficar. Hoje, estava eu indo ao trabalho e eis que uma mulher enorme e muito espaçosa me empurra. Tá, isso é normal, mas fui obrigada a estender o braço e ficar com ele no ombro dela. Não havia espaço e não dava para não fazer isso. Afinal, eu tinha que segurar em algum lugar e não tinha culpa se ela estava na minha frente. Não bastasse isso, a amiga dela ficou falando que não era porque o metrô estava lotado que deveriam se apoiar nos outros. Como minha mãe me ensinou a não me meter com ninguém maior que eu, fiquei quietinha fingindo que não era comigo. Minhas últimas experiências de ser desbocada também não foram tão agradáveis. Então, sim, não respondi. Porém, umas duas estações depois, e uns empurrões a mais, era a amiga da mulher que estava com o braço esticado e forçando ela a entortar a cabeça. Aí eu dei risada. Discretamente, claro! O que ela tinha dito mesmo?

Pois é, mas minhas reclamações não são à toa. Uma pesquisa revelou que a cidade de São Paulo tem o metrô mais superlotado do mundo. A Companhia do Metropolitano de São Paulo transporta 10 milhões de passageiros por km de linha. Nós ficamos na frente de Moscou, que registrou 8,6 milhões, e até da China, com 7 milhões de pessoas para cada km de trilhos.
Fonte: IG

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Estava pensando...

Às vezes nos fechamos para o mundo. Achamos que ele é cruel, que as pessoas são más e que não há o que fazer. No entanto, se no fundo acreditássemos mesmo nisso, não teríamos amigos, não sairíamos de casa, não nos relacionaríamos com outras pessoas e, por fim, não faríamos planos. Mas sonhamos, imaginamos, compartilhamos idéias e experiências, pensamos no futuro e, por várias vezes, queremos mudar o mundo ou, pelo menos, a pessoa que está ao nosso lado. Nos meus vinte e um anos de vida conheci gente que não merecia sequer estar viva. Já outras valiam cada segundo que eu gastava estando ao lado dela. Nada é tão ruim que não possa ser aproveitado e nada é tão bom que não possa ser melhorado. Ontem, algumas horas abriram muito a minha mente. Quem estava lá deve ter pensado o mesmo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

À moda antiga

No final do século passado, vários jovens lutaram pelas Diretas Já. Alguns anos depois, Cazuza cantaria os versos: "Meus heróis morreram de overdose e meus inimigos estão no poder". No começo dos anos 90, pintaram as caras e saíram nas ruas para exigir o impeachment de Collor. Mas o que dizer desse começo de milênio? Parece que a juventude está mais tranqüila. E não é que o mundo esteja perfeito. Na verdade, ele continua com os velhos problemas de sempre. A impressão que dá é que se acostumaram com o que vêem. Antigamente, os jovens aprendiam a tocar vários instrumentos e montavam as próprias bandas. Hoje em dia, eles baixam algum jogo como o Guitar Hero e limitam os conhecimentos musicais ao controle do videogame. Aquele amor descrito nas músicas e retratado em filmes também parece que deixou de existir. Ao mesmo tempo em que andar de mãos dadas e ganhar chocolate com rosas se tornou algo brega, o relacionamento aberto e o sexo casual ganharam vez. Para provar que se ama alguém basta colocar o status "namorando" no Orkut. Ah! E as relações também ficaram mais frias. Aquele jogo de olhares e sedução perdeu lugar para aquele xaveco de MSN. Eu acho que nasci na época errada!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

O cobrador

Disse outro dia para alguém: "Todas as nossas ações são feitas baseadas em algum tipo de interesse. Independente da intensidade". Acredito mesmo nisso, embora pense que os interesses possam ser recíprocos e que isso não é necessariamente ruim. Ainda mais quando conhecemos esse jogo. No entanto, uma pessoa me deixa intrigada.

Há um tempo, quando voltava para casa da faculdade, uma mulher fazia a viagem comigo e descia no meu ponto. Só que o cobrador, sabendo que ela morava um quarteirão acima do ponto de ônibus, pedia para o motorista parar na rua dela. Eu, confusa e com sono, descia junto com ela. Afinal, a distância seria a mesma, pois eu moro entre o lugar em que o ônibus pára e onde ele deveria parar.

Já faz muito tempo que eu não volto para casa com essa mulher, mas todas as vezes em que esse cobrador está, ele pede para o motorista me deixar nessa mesma rua. Para mim não faz diferença, mas ele faz isso sempre. E diante de pessoas que se demonstram cada vez mais frias, acho a ação dele tão bonita que não tenho coragem de dizer que não precisa parar lá.

Essa história pode até parecer idiota. Eu sei. Mas ela me faz ver que ainda existem pessoas boas. Ele não ganha nada com isso. Há coisas que são tão pequenas e ao mesmo tempo tão importantes. Então eu agradeço e, inevitavelmente, desço com um sorriso na cara. Deveria existir mais pessoas assim!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Desabafando...

"Cachorro velho não aprende a fazer xixi no jornal". Ouvi essa frase uma vez e concordo plenamente. Só que não atribuo o significado de 'velho' a idade, mas a pessoas com opiniões formadas sobre tudo. Quando o orgulho fala mais alto e concordar com o outro deixa de ser uma possibilidade, se torna impossível conversar com alguém. Gosto quando me provam que eu estou errada. Isso faz eu ter admiração pela pessoa. Deve ser horrível sempre ter razão, porque tornaria alguém o dono da verdade e, muito provavelmente, essa pessoa se sentiria superior. Além de perder o contato com o outro, o conhecer novos pontos de vista, novas concepções e outros estilos de vida. A verdade não é um bem privado e, portanto, não pertence à meia dúzia de pessoas. É por isso que sou adepta daquela tal frase: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Pena que nem todos pensam assim e, sobretudo, que eles tenham a hierarquia maior que a sua.

Ah... Não acredito!

Quem é que não gosta de Chaves? Conheço muito marmanjo que até hoje assiste ao seriado, mesmo conhecendo todas as falas e sabendo exatamente tudo o que vai acontecer. Mais que isso, todos continuam rindo! Digam-me qual o programa de televisão ou seriado que conseguiu a mesma proeza? Dá para contar nos dedos, né? Pois agora pasmem! Ele foi considerado o programa mais violento da TV equatoriana! Isso por conta dos cascudos que Chaves recebe do Sr. Madruga. Para quem não sabe, esse seriado passa aqui no Brasil desde o começo dos anos 80. São quase três décadas. São três gerações que acompanharam/acompanham uma das melhores comédias do mundo, na minha opinião.

Violento? Bah! Deveriam rever o conceito que têm sobre violência. Os fãs de Chaves são é bobos e engraçados. Isso sim!

Quem quiser ler um pouco mais clique aqui.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O que dizer?

O poder e a ambição são assuntos curiosos para mim. Eles corrompem o ser humano e desfazem em um segundo tudo o que ele sempre pregou ser. Pensei nisso outro dia quando estava 'tirando uma' com minha mãe por ela já ter votado naquele cara que um dia disse "Votem no Pitta. E se ele não for um bom prefeito nunca mais votem em mim". Anos depois ele diria "Eu errei, quem nunca errou". Se preferirem, ele também é autor da pérola "Estrupa, mas não mata". Só que hoje a Academia Brasileira de Letras considera correto o verbo "estruprar". Sorte dele, mas agora é tarde. A pessoa em questão já foi por inúmeras vezes ridicularizada por tal frase. Voltando ao assunto inicial, minha mãe respondeu a minha provocação dizendo "Tá, ele roubou, mas me diz quem é que chega lá e não faz o mesmo?". E eu me calei, pensando no partido em que eu votei e vi corrompido no poder, depois de décadas falando mal dos outros. Eles chegaram lá e fizeram o mesmo, né?

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Como é que pode?


Não lembro tanto da minha infância, mas uma das poucas memórias que me acompanham é que nas aulas de educação física do primário a gente ia com maiô por baixo do uniforme. Nos trocávamos na sala de aula mesmo. Alguns enrolados na toalha, outros não, íamos em fila todos contentes para a piscina. Era diversão total. E ninguém se importava com o cabelo armado depois da brincadeira. Maquiagem, depilação, esmalte, roupas. Quem se importava com isso?

Todavia, contudo, entretanto, porém, como é que trocaram a garotinha que deveria ter cantado na abertura das Olimpíadas porque ela não era bonita? Quem foi que disse isso? Tá, a menina é gordinha e têm dentes tortos, mas é só uma criança! No lugar, colocaram outra dois anos mais velha, magra e blá blá blá. Coitada da garota. Como é que concordaram com isso? Acho que o país terá que pagar anos de terapia para ela. Imaginem a garota anos mais velha pensando: "Eu sei que tenho uma voz bonita. Até cantei nas Olimpíadas de 2008 aqui na China. Aliás, só cantei mesmo. Como eu não sou bonita, colocaram outra menina para dublar minha voz. A vadia ficou diante de 91 mil pessoas e milhões de telespectadores, foi aplaudida e elogiada, mas ninguém sabia que a voz não era dela".

Na janelinha

Hoje o dia está estranho e assisto a situações cada vez mais contraditórias e, embora compreensíveis, nada justificáveis. Mas como não gosto de escrever sobre assuntos muito pessoais, ainda mais quando não se tratam de mim, vou falar sobre outro fato que também me parece muito contraditório. A Rússia começa a bombardear Geórgia para que o país não inicie novos ataques a duas regiões separatistas pró-russas. Isso para enfraquecer militarmente a Geórgia. Depois de conseguir, diz que cessará fogo caso eles assinem um documento de não-uso de força. Caso contrário, tomarão outras providências. Isso não é impedir a violência com mais violência? O_o'

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Havia uma época...

Havia uma época em que eu ia questionar um professor sobre minha nota e ele me provava que eu estava errada. Eu até desistia de ganhar alguns pontos antes que, ao invés disso, perdesse. Havia uma época em que eu desmarcava bar e chegava mais tarde em casa para assistir uma aula. Havia uma época em que eu falava dos meus professores como heróis, meus olhos brilhavam e eu tinha orgulho de tê-los. Até hoje faço citações deles e quem me conhece deve ter ouvido falar de pelo menos um dos meus maiores ídolos.

Acho que esse tempo acabou!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Vou falar...


"Brasil, meu Brasil Brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingá
Ô Brasil do meu amor
Terra de Nosso Senhor ..."


Os fãs de João Gilberto que me perdoem. Sei quem ele é, sei da importância dele na música brasileira, mas preciso dizer isso. Como é que um cantor nacionalista faz um show no próprio país e cobra R$2.100,00 em um ingresso? Entendo que não é ele quem estipula o valor, mas me parece muito contraditória essa situação. Vamos pensar um pouco. Uma banda internacional quando vem ao Brasil dá despesas nas passagens de avião, no transporte dos instrumentos, na hospedagem e blá blá blá... Mesmo assim, uma banda gringa não cobra nem metade do valor cobrado no camarote para o show dele no Rio de Janeiro, que acontecerá no próximo dia 24. Não quero desmerecê-lo, nem falar mal da música dele e muito menos dizer se esse preço vale ou não para vê-lo. Só achei um tanto quanto irônico pagar mais de dois mil para ver alguém nacionalista. Pronto, falei!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Nas telinhas da tv

Todos devem se lembrar de ver no noticiário de sexta aquele caso de uma mulher que foi mantida refém de um homem na Praia da Enseada, né? Sim, essa notícia já passou, mas em conversa de mesa de bar nenhuma notícia é velha e todas podem ser debatidas novamente. Uma coisa nessa história me deixou muito pensativa. Eu estava no meu dentista e a tv estava ligada. E adivinhem....Só falava sobre esse seqüestro. Aliás, as cenas foram repetidas incansavelmente, acompanhadas das informações que chegavam a todo o momento. Contudo, o final da história, que foi o momento em que o seqüestrador deu um tiro na própria cabeça não foi mostrado na televisão. Tá, essa cena é muito forte para ser mostrada. Concordo. No entanto, a primeira notícia divulgada foi que um policia atirou no homem. Essa informação foi repetida várias vezes. Um tempo depois, corrigiram o que disseram. Quem atirou foi o próprio cara. Na delegacia, o depoimento dado pela jovem mantida em refém confirmou quem foi o atirador. O seqüestrador que se matou.

Na manhã de hoje, uma família de sete pessoas ficou refém de dois homens em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Os bandidos invadiram a residência para roubar um supermercado que há no fundo da casa. Depois de uma denúncia anônima, os policiais chegaram ao local. Após mais de quatro horas, os assaltantes se entregaram e, segundo os policiais, todos estão bem. Aparentemente, não sofreram agressões físicas. O mais interessante foi o pedido que os seqüestradores fizeram. Eles exigiram que a imprensa estivesse no local. O motivo? Eles alegaram que queriam preservar a integridade física. Bem... Com a mídia presente é de se imaginar que os policiais terão cuidado em suas ações e vão pensar três vezes antes de atirar.

Todo mundo também lembra daqueles ataques do PCC aqui em São Paulo, certo? Então, conseqüentemente, também lembra da cobertura que a mídia fez. Informações falsas e sensacionalismo fizeram as pessoas entrarem em pânico. Escolas e faculdades não tiveram aula, comércios não abriram, empresas dispensaram os funcionários mais cedo, vários nem saíram de casa. Pois é, a imprensa tem um enorme poder porque as pessoas acreditam nela. Esse é um assunto que renderia horas e horas de conversa. Mas a pergunta que faço é: Até que ponto a cobertura da mídia ajuda ou atrapalha nas ações militares?


Quem quiser ler mais sobre a mulher que foi mantida refém na praia de Guarujá clique aqui. Já os interessados no caso do seqüestro relâmpago que aconteceu hoje clique aqui.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Conversa de ônibus


Onde é que essa tecnologia vai parar? Acho que a idéia é deixar a vida da população cada vez mais prática, como acessar o banco de casa, fazer compras pela internet, embora eu ainda ache que nada disso é completamente seguro. Entretanto, a Brasil Telecom trouxe aos porto-alegrenses o "Telo", uma espécie de orelhão dentro do ônibus que usa a tecnologia de celulares e pode ser usado com o cartão telefônico comum. Até outubro deste ano 336 ônibus da Companhia Carris, em Porto Alegre, deverão ter o "Telo". A empresa ainda não divulgou quais as próximas cidades que terão esse telefone e nem o preço das tarifas, mas disse que as ligações terão um valor intermediário entre o preço de uma ligação de orelhão comum e de um celular.

Um orelhão dentro do ônibus? Bem... Não vejo muita utilidade. Tá, vamos poder ligar para o chefe para avisar que estamos no meio do trânsito, dizer para o fulano que estamos quase chegando no lugar prometido, ligar para casa se estivermos perdidos...Mas celular é algo tão comum hoje em dia. E acho que já sabemos lidar com todas essas situações citadas acima, né? Talvez simplesmente consertar os orelhões que já existem nas ruas seria de grande ajuda. Dizem que nas cidades do sul as pessoas costumam conservar melhor o espaço público, mas fico imaginando o que seria desses telefones aqui em São Paulo, onde os ônibus são pichados e parte dos orelhões de rua já foram destruídos por vândalos. Ou será que é preconceito meu pensar assim? O_o’


Para ler mais sobre o assunto clique aqui.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Chocante, porém indiferente


Todos conhecem aquelas imagens de advertências atrás dos maços de cigarro, como a do cara com as duas pernas amputadas ou da garotinha tossindo. Sempre achei irônico o fato de alguém olhar para aquelas imagens, fazer aquela cara de "Nossa, olha isso!" e, em seguida, pegar um cigarro e tragá-lo. Mesmo frases como "Essa necrose foi causada pelo consumo de tabaco" ou "Ao fumar você inala arsênico e naftalina, também usados contra ratos e baratas", ao lado de fotos chocantes, parecem não abalar os fumantes. Pois bem, o Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina entrou ontem com uma ação civil na Justiça contra a União e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para desobrigar os fabricantes de cigarro de utilizar imagens de "advertência" nos maços e em propagandas. Segundo a MPF, as imagens demonstram falta de respeito com todos, pois fumar não é proibido e não há qualquer comprovação de que a medida estimule as pessoas a parar de fumar.


Quem quiser ler mais sobre o assunto clique aqui.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Sobre o Cavaleiro das trevas





"Às vezes a verdade não é boa o bastante e a fé precisa ser recompensada"

Ouvi essa frase no filme “Batman – O cavaleiro das trevas”. Depois de duas tentativas frustradas de vê-lo, finalmente consegui! Não sou a maior fã de HQ e o homem morcego não é o meu super-herói favorito, mas tenho que dizer que esse filme é muito bom. Tá, super produção, ótimos atores e talz. Mas não é disso que estou falando. Ele trata de temas como corrupção e a estreita relação entre o bem e o mal - esse é um dos meus temas favoritos - de uma maneira bem sutil. Entre tanta ação - e algumas cenas irreais, que pedem um replay na certa - quando ouvi a fala que destaquei acima, tive que abrir a bolsa e anotar.

Fico me perguntando quantas histórias reais já ouvimos com um pouco de fantasia. Afinal, se a realidade não é o bastante, algumas histórias podem melhorá-la. E quantas pessoas não foram enaltecidas? Quantos rock stars não são supervalorizados sem ter feito nada mais que escrever algumas letras entorpecidos? Quantos políticos não foram enobrecidos? Quantas figurinhas da nossa história não ganharam uma vida heróica?

É por isso que novela dá audiência e filmes lotam as bilheterias. A TV e o cinema podem proporcionar momentos que às vezes a vida deixa a desejar. E para que uma vida pacata? Se um dia fizesse uma biografia minha, confesso, também iria romantizar um pouco!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Na seca!

É, hoje é sexta-feira. Mas quem pensou em dizer aquela famosa frase: "Hoje é sexta-feira, traga mais cerveja" é melhor parar por aí. Afinal, ela perdeu um pouco do sentido no último mês. A Lei Seca se encarregou de acabar com a felicidade do brasileiro, a cervejinha no final do expediente. Aliás, a tal da Lei também tirou R$955,00 reais do bolso de muito cidadão, além, claro, da suspensão na carteira de habilitação por 12 meses. Mudar o costume da população não é algo tão fácil assim, a prova é que em dez dias mais de 300 pessoas foram multadas. E quem é que não gosta de reunir os amigos para aquela conversa de mesa de bar?

Pois é, antes da nova Lei completar um mês em vigor, foram divulgadas pesquisas dizendo que o número de acidentados nas estradas diminuiu. A mídia também contribui para convencer todos de que beber e dirigir não é uma boa idéia. Algum programa lançou a brincadeira de sortear alguém do grupo para não beber e levar todos em casa. Uma rádio fez a promoção "Motorista particular", em que o ouvinte se inscreve e concorre a poder sair com os amigos, beber até não aguentar mais e depois ser deixado na porta de casa. Bares de todo o país, para não perder os clientes, também usaram da criatividade. Motoqueiros que fazem trajetos levando a pessoa na garupa a um preço popular, táxi-lotação, mesas disponíveis para a recuperação, entre outros, foram a saída de muitos que queriam beber sem se preocupar em ser parados na volta.

Na nossa conversa de mesa de bar de hoje, quero saber o que vocês acham da Lei Seca. Ela é muito rigorosa? Essa fiscalização já deveria existir há muito tempo? Opinem!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quer ganhar um milhão?

Está precisando de um carro zero? Está sem dinheiro no bolso? Quer virar um famoso? Pois bem, o mundo está cheio de reality shows que prometem tudo isso e muito mais. O fascinante mundo das estrelas sempre tem espaço para mais um. Se você não é tão bonito e popular, ou até é, e acha que tem algum talento, como passar dias dentro de um carro, ficar por horas na mesma posição, agüenta muito tempo sem ir ao banheiro, comer e beber, seu lugar definitivamente é em um reality show.

Quem diria, o que era brincadeira virou caso de polícia quando três pessoas foram presas por colocar em risco a vida de um participante de mais um desses desafios televisivos. Não entendeu? Eu explico! Anjar Khan, de 22 anos, participava de um programa na Índia, na qual os participantes tinham que mergulhar em um tanque d'água e ficar submersos o maior tempo possível. O problema foi que um jovem desmaiou e está em estado grave no hospital. Tudo indica que Khan perdeu a consciência dentro do tanque e seus pulmões encheram de água. O prêmio para o ganhador da competição? Bem...Não sei, mas espero que fosse algo que realmente valesse a pena, pois pode custar a vida desse garoto.

Acho que aqueles concursos culturais, como o melhor desenho, a melhor redação ou curta-metragem, estão meio fora de moda, né?


Quem quiser ler mais sobre esse caso clique aqui.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Um brasileiro na China

Quem pensava em correr pelado com o corpo pintado com as cores do Brasil durante as Olimpíadas na China, pode tirar o cavalinho da chuva. Aquelas camisetas do Che com as orelhinhas do Mickey nem pensar. O Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos de Pequim anunciou as proibições que fará aos torcedores. E, tenho certeza, desfez o sonho de vários brasileiros. Algumas das restrições são a nudez, os palavrões, levantar faixas, usar camisetas com dizeres de conteúdo político ou religioso. As autoridades também desaconselham os pais a levar bebês e animais de estimação aos jogos, com exceção de cães guias para cegos. E eu que sempre quis levar minha cachorra para ver o time de vôlei do Brasil jogar. Agora vou ter que esperar os jogos acontecerem aqui no Brasil.

Falando sério, essas Olimpíadas ainda renderão muito assunto!
Aos interessados, a matéria completa sobre as proibições da China está aqui.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Primeiro post!

Fiz esse blog há um tempo. Mas enrolei, enrolei e não postei nada. Talvez por medo de expressar minhas idéias, que ora são inseguras, pessimistas, inocentes, romantizadas e outras vezes revoltadas. Tomei coragem. Aqui estou eu!

Por que 'conversa de mesa de bar'? Bem..passamos por tantas pessoas, ouvimos tantas conversas, falamos sobre inúmeros assuntos e temos milhares de pensamentos sobre tudo o que escutamos e vemos. Parte disso vai para o bar e lá ganha nova repercussão. O resto é esquecido, embora pudesse render bons papos. Mas aqui aqueles assuntos cotidianos ganharão vida e serão discutidos. Convido todos a uma boa conversa de mesa de bar, só que no meu blog. O bar a gente marca depois.