sábado, 3 de julho de 2010

Da decepção à alegria

Assistir às partidas do Brasil no trabalho é sempre complicado. Não adianta. Em algum momento sai aquele:

- Chuta! Chuta! Chu-ta, filho da p.... Ops!

A mão vai à boca como um gesto de repressão, a cabeça fica baixa instantaneamente como um pedido de desculpas e logo surge aquela olhada discreta para ver se algum diretor está por ali.

Mas quando o jogo não está bom e o nervosismo invade o ambiente, as pessoas saem de si e não se dão conta do que fazem. As reações seguintes deixam de ser reprimidas, como se todos estivessem na sessão de “Dois Minutos de Ódio”, do livro “1984”, de George Orwell.

Quisera eu ter uma câmera para filmar os socos na mesa e os gritos desesperados do pessoal do trabalho durante o segundo tempo e teria diversão para o ano inteiro. Mas, confesso, também estaria nessas cenas bizarras.

E ainda me pergunto por que o Brasil perdeu. Seria a torcida do rock star Mick Jagger que trouxe azar à Seleção? Ou foi praga de um colega que colocou no bolão – antes da Copa começar – que nosso País seria eliminado pela Holanda nas quartas de final?

Passada a decepção, nada como ver os hermanos perderem no dia seguinte. Duvido que qualquer terapia gere o mesmo efeito.

A cara de tristeza do Maradona ao assistir à Argentina ser goleada por 4 a 0 - espera aí: ZE-RO - não tem preço!