terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Histórias de cozinha

Todas as nossas escolhas, algum dia, em algum lugar, serão refletidas. Sabemos disso. Mas quando se tem 12 ou 13 anos, a gente não pensa tanto no futuro.

É por isso que quando minha mãe, que na época tinha um comércio, me dava a opção de fazer comida e limpar a casa ou tomar conta da loja, eu escolhia a segunda alternativa. Ligava o rádio e, ao som da 89 FM – que naquele tempo ainda tocava rock -, arrumava as mercadorias, vendia, ficava no caixa, enfim, fazia todo o trabalho por lá.

Pois bem. Tudo na vida tem um preço. Outro ditado manjado e, por isso, também ignorado. Se me pedirem para fazer um texto, eu faço. Se me pedirem para entrevistar Fulano de Tal, eu entrevisto. Se me pedirem para assistir ao show da Maria Sicrana e fazer uma resenha, eu também faço. Mas, por favor, não me peçam para fazer arroz, pois, já aviso de antemão, sairá uma papinha-estranha-não-comível-por-seres-humanos.

Foi uma glororoba desse tipo que eu fiz durante as férias na praia. Não fosse a batata frita, a salada – porque, afinal de contas, não sou tão ignorante assim na cozinha – e o churrasco de picanha feito pelo meu namorado e, pronto, o almoço teria sido um desastre. No outro dia, sugeri que fossemos comer em um restaurante. Brincar de casinha havia perdido a graça.

Comovido com meu drama em não saber cozinhar, o pessoal do meu trabalho se reuniu e me deu várias dicas de como fazer um arroz soltinho. "Quando a cebola e o alho estiverem dourando, joga o arroz", disse um deles. "Quando o arroz começar a grudar na panela é a hora de colocar a água", falou outro. "A quantidade de água é só um dedo acima do arroz, hein?", alertou outro.

Se até a filha de 9 anos do Fulano sabe, por que eu não posso aprender? Agora, é questão de honra.

3 comentários:

Thata_Cunha disse...

huhauhauhauhuahuahau
Menina eu sou pior do que vc, sério!!! Sou o desastre em pessoa para cozinhar. Mas nem ligo ó, gosto mesmo é de pedir para o povo fazer e eu lavar a louça =P

b-joks
saudades

Fabis Matrone disse...

Amélia que era mulher de verdade, ou melhor Andréia....

Saudades Déia!

Como está?

Gi disse...

Só agora entendi a história do arroz.
huahuahuahuaua...

bjs