Insegurança. Um dos piores sentimentos. Porque todos
procuram confiança e estabilidade. A gente quer saber o que tem, onde vai pisar,
como agir, o que esperar. Itens que parecem tão básicos. É simplesmente ter o
controle da situação. Mas nem sempre o temos.
Não podemos adivinhar o que o outro pensa. A mente humana é
tão complexa. E as pessoas são tão volúveis. Tudo passa tão rápido. São como as
quatro estações que se antecipam e acontecem em apenas um dia. Da mesma forma,
os sentimentos às vezes parecem se aventurar e acontecer todos numa curta sequência.
A gente gosta, se apaixona, acha que ama e aí não quer mais.
Não é deixar de gostar. Histórias ficam, serão sempre lembradas. Mas toda essa
velocidade no gostar também acontece na contramão. Quando a gente encontra algo
que não se identifica, o sinal fica amarelo. E se uma série de fatos surge de
maneira negativa, o sinal muda para vermelho. E a gente não tem que levar adiante
algo que sabe que não vai dar certo. O tempo nos dá a experiência para
reconhecer um caminho que sabemos que não queremos. E continuar nele, já
percebendo a rota não desejada, é burrice.
E, claro, há aqueles casos em que não sabemos no que vai
dar. E dirigir numa rota desconhecida passa insegurança. Essa maldita
insegurança. Sei que nem sempre conheceremos o terreno. E às vezes a graça está
em desvendá-lo. Mas não importa quantas vezes eu passe por situações novas. Fico
encabulada até descobrir onde estou.
Não quero pular etapas, nem forçar nada. Não quero repetir
erros. Quando a gente insiste em algo, é porque acha que o resultado pode ser
bom. Sei que é preciso estar preparada para o que não esperamos. Porque sempre,
mesmo sem querer, esperamos algo. No entanto, apostar errado faz parte da vida.
A decepção é sempre um risco. Saber disso é fundamental. E talvez por estes
motivos é que surge a ânsia em localizar onde estamos. Quanto antes reconhecer
a decepção, melhor. Contudo, é complicado assimilar os momentos. Seria cedo?
Tarde demais? Para saber a resposta,
acho que só mesmo prosseguindo no caminho. E alguns parecem valer a aposta. São
nestes que arriscamos.
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P.S. O blog Uma Dose de Verbo discordou totalmente do que eu disse neste texto e resolveu fazer um post para comentar sobre o assunto. Chama-se Abaixo o GPS Sentimental, vale conferir!
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P.S. O blog Uma Dose de Verbo discordou totalmente do que eu disse neste texto e resolveu fazer um post para comentar sobre o assunto. Chama-se Abaixo o GPS Sentimental, vale conferir!
2 comentários:
Vale conferir também o curta Uma Vida Inteira, baseado no texto O Salto, de Antônio Prata:
http://vimeo.com/51929419
Raramente fico em cima do muro, raramente não sou 8 ou 80, raramente sou 50-50, mas, desta vez, desta rara vez, concordo meio a meio com os dois posts rsrsrs
Daiane Brito
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