sábado, 3 de novembro de 2012

Fragilidades


Palavras. Todos têm algumas que não gostam de ouvir. E quando as ouvem, ficam abalados. É normal. Quem as diz, às vezes nem é por mal. Palavras podem ser interpretadas de mil e uma formas. Quem fala pensa em um sentido e quem ouve, em outro. Elas têm o poder de mexer com nosso ego e tocar em feridas que só nós podemos. Machucam de uma forma que não era para machucar. Nós somos frágeis.

O ser humano é isso: um turbilhão de sentimentos que se deixa estremecer por pouco. Por palavras. Mas também devo dizer que há uma diferença. Algo que deve ser levado em conta. Não são só as palavras, mas também quem as diz. Geralmente, são pessoas que nos importamos. Ou seja: que amamos ou odiamos. Quem está fora desse perfil não tem poder de nos abalar. Mas, na verdade, ninguém deveria ter. Essa é uma arma que deveria estar somente sob nossa posse.  

Penso que as piores palavras são aquelas que falam de algo que não podemos mudar. Pelo menos não no exato momento em que as ouvimos. A gente sente porque costuma ser algo que também nos incomoda. E mais ainda por não podermos fazer diferente – embora queiramos. São palavras covardes. Não é agradável escutá-las. A gente se sente incapaz. E não tem culpa. Por outro lado, podem servir de incentivo para promover uma mudança. Lutar contra o que foi dito. Porque podemos tirar proveito de tudo. Até do que nos ofende.

Um comentário:

Gislene Trindade disse...

Sim, mais do que o que é dito, mas como e, principalmente, por quem. As palavras são a cura e o próprio veneno, são esperadas e benquistas, quando não (mal)ditas.

E, novamente, sim, mesmo os limões mais azedos servem para deliciosas limonadas.

Agora me sinto estranha por concordar tanto ((rs+)).