Palavras. Todos têm algumas que não gostam de ouvir. E quando
as ouvem, ficam abalados. É normal. Quem as diz, às vezes nem é por mal. Palavras
podem ser interpretadas de mil e uma formas. Quem fala pensa em um sentido e
quem ouve, em outro. Elas têm o poder de mexer com nosso ego e tocar em feridas
que só nós podemos. Machucam de uma forma que não era para machucar. Nós somos
frágeis.
O ser humano é isso: um turbilhão de sentimentos que se
deixa estremecer por pouco. Por palavras. Mas também devo dizer que há uma
diferença. Algo que deve ser levado em conta. Não são só as palavras, mas
também quem as diz. Geralmente, são pessoas que nos importamos. Ou seja: que
amamos ou odiamos. Quem está fora desse perfil não tem poder de nos abalar.
Mas, na verdade, ninguém deveria ter. Essa é uma arma que deveria estar somente
sob nossa posse.
Penso que as piores palavras são aquelas que falam de algo
que não podemos mudar. Pelo menos não no exato momento em que as ouvimos. A gente
sente porque costuma ser algo que também nos incomoda. E mais ainda por não
podermos fazer diferente – embora queiramos. São palavras covardes. Não é
agradável escutá-las. A gente se sente incapaz. E não tem culpa. Por outro
lado, podem servir de incentivo para promover uma mudança. Lutar contra o que
foi dito. Porque podemos tirar proveito de tudo. Até do que nos ofende.
Um comentário:
Sim, mais do que o que é dito, mas como e, principalmente, por quem. As palavras são a cura e o próprio veneno, são esperadas e benquistas, quando não (mal)ditas.
E, novamente, sim, mesmo os limões mais azedos servem para deliciosas limonadas.
Agora me sinto estranha por concordar tanto ((rs+)).
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