Ele queria amar, mas sem se apegar. Na verdade, cansou de
sofrer. Engana para não ser enganado. Não pergunta para não ser perguntado.
Ela queria tanto descobrir a liberdade que acabou foi
descobrindo o quanto é carente e dependente. Quanto mais fugiu, mas voltou. Quando
correu, tropeçou.
Ela o tinha, mas deixou que ele fosse. Não queria perdê-lo. A
solução que encontrou foi, então, não tê-lo.
Ela forçou a decepção. Quis se magoar para parar de gostar,
parar de esperar. Foi longe para ver o que não queria. Chorar tudo o que poderia
e aguentaria.
2 comentários:
Digno de Milan Kundera e nossos risíveis amores.
PROFÉTICO,sem mais!
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