segunda-feira, 13 de abril de 2009

Meu curioso caso

Nossa mente é engraçada. Vez e outra, pego-me cantando uma música que não lembro quando e por que comecei. E ao prestar atenção na letra, percebo que ela se encaixa perfeitamente com o que eu estava pensando. É como se fosse uma resposta que eu dei, sem perceber, aos questionamentos que estava fazendo. Dou risada sozinha. Nos últimos dias, uma ideia não saia da minha cabeça: tinha que assistir novamente “O curioso caso de Benjamin Button”. Não sabia bem o porquê, mas precisava rever esse filme.

Ele fala de liberdade, amor, aceitar-se como somos e de apreciar e aprender com tudo que a vida pode nos proporcionar: desde paixões momentâneas até as perdas das pessoas que amamos. A vida fica linda sob a ótica de Benjamin e qualquer problema pode ser encarado de bom-humor dessa forma. Só esses motivos já seriam mais que suficientes para eu sentar na frente da tv pelas quase três horas de duração do longa. Mas não era só isso. Era minha mente querendo responder às perguntas que eu fazia a mim mesma. Tive certeza disso depois de rever as peripécias de um dos meus personagens favoritos.

As pessoas falam em carpe diem como desculpa para justificar ações inconsequentes, mas esse termo não é sinônimo de irresponsabilidade. Quer dizer aproveitar o momento, e não agir como louco para criar um. Alguns dizem que, às vezes, o meu racional fala alto. Mas é que não sou muito fã do efêmero. Assim como Benjamin, penso que não se deve forçar situações. Quando tem que acontecer, elas simplesmente acontecem. Naturalmente. Na hora certa. E isso não quer dizer que eu fique me preocupando com quando será a hora certa. Até porque o acaso adora nos pegar de surpresa.

Na verdade, eu queria ver o filme porque ele encena parte da história que eu já roteirizei. E dá o final perfeito para o que ainda não aconteceu. No fim, enquanto os créditos desciam pela tela, eu ria sozinha. Tinha descoberto porque esse curioso caso não saia da minha cabeça.

E claro que eu tive que apertar o pause várias vezes para anotar o que Benjamin disse em uma das cartas que escreveu para a filha:

Para as coisas importantes, nunca é tarde demais, ou, no meu caso, muito cedo para sermos quem queremos.
Não há limite de tempo, comece quando quiser.
Você pode mudar ou não. Não há regras.
Podemos fazer o melhor ou o pior.
E eu espero que você faça o melhor.
Espero que veja coisas que o assustam.
Espero que sinta coisas que nunca sentiu antes.
Espero que conheça pessoas com opiniões diferentes.
Espero que viva uma vida da qual se orgulhe.
E se você achar que não viveu.
Espero que tenha força para começar novamente.

Um comentário:

Fabis Matrone disse...

Concordo em termos!

Vivera vida não é necessariamente de maneira inconsequente, mas sim de maneira proveitosa rs!

mas muito gente dá essa desculpa msm!

Bjo roxinha!