quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Uma curiosa história

Há momentos em que não lembramos exatamente das palavras que ouvimos, mas podemos sentir a exata sensação que tivemos ao ouvi-las. Ontem vi “O curioso caso de Benjamin Button”. Se tivesse o roteiro em mãos, poderia citar inúmeras frases de impacto. Frases realmente incríveis, que deveriam estar escritas em bilhetes colados na geladeira, no guarda-roupa, no espelho ou em qualquer outro lugar onde pudéssemos ver e guardar o que está escrito. Não, eu não lembro de todas as frases, mas lembro de como me senti quando as ouvi. No fim, acho que é isso o mais importante. Porque para as palavras terem algum sentido, elas precisam tocar, mexer com os sentimentos e revirar o seu passado e presente com uma vara curta. Caso contrário, serão só um amontoado de letras.

É engraçado ver algumas cenas, observando sentado, com pipoca na mão, de frente para a tela e, de repente, perceber que já viu aquele filme. Não. Não em outro longa-metragem, mas em sua vida. Não daquela mesma forma, mas do seu jeito. E é mais engraçado ainda rir do personagem e achá-lo idiota por fazer algo que você também já fez. Isso nos faz lembrar do quanto realmente somos idiotas, fúteis e nos importamos com coisas tão pequenas.

Benjamin Button já nasceu velho. Ele cresceu ao lado de velhos. Então, envelhecer, de fato, não era um problema. Só que ele era velho com uma mente de criança. O corpo rejuvenescia enquanto a mente amadurecia. E foi lindo ver sua vida: beber, transar, amar, errar, acertar, lutar. Ele perdeu pessoas que amou, viu gente morrendo e nascendo. Ele foi feliz. Não era um desses personagens certinhos e mecânicos. Era humanizado. Era o que a gente é e fazia o que a gente faz. Benjamin sabia que era diferente, mas olhava para si da mesma forma como olhava para os outros: tem gente que dança, tem gente que é atingido por raios, tem gente que toca piano, tem gente que tem botões. Mas o foco não foi singularizar as pessoas, e sim mostrar que precisamos aceitar o que somos, viver intensamente cada momento e fazer da nossa vida a mais feliz possível. E se não conseguirmos isso, então, que tenhamos força suficiente para tentarmos novamente. Cada um a sua maneira, do jeito que é, do jeito que pode ser.

Se é um grande filme? Bem, diria que é básico na coleção de vídeos de qualquer pessoa. Também há outros que julgo essenciais, mas isso já é tema para um outro post.

2 comentários:

Thata_Cunha disse...

Master phodastiko o filme ... vou comprar com certeza!!!
Olha no meu fotolog, achei no kut algumas frases e coloquei lá ^^

www.fotolog.net/thata_s2_

b-jokas

Anônimo disse...

Belo texto, menininha!! rs Parabéns. Ainda não vi, quero ver! Urgente agora! hehe
Obrigada pelos Parabéns, tá?
beijão