sexta-feira, 19 de junho de 2009

Jornalistas, Deus e o Papa

Depois de falar incansavelmente sobre o voo 447 – é pior do que eu pensava: eu sei o número de cor -, a notícia da vez é o Supremo Tribunal Federal (STF) ter derrubado a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão.

Eu, que serei jornalista formada no final deste ano, e, até onde sei, todos que conheço – inclusive estudantes -, somos favoráveis a esta decisão. Publicitários, por exemplo, também não são obrigados a ter diploma e, no entanto, as salas de aula do curso de Publicidade estão cheias.

Ao contrário do que alguns possam pensar, a não obrigatoriedade vai estimular as faculdades a enriquecer a grade curricular e os alunos a tornarem-se profissionais mais competentes. Afinal, mais que ter um diploma, para ser jornalista, será preciso ser realmente bom.

Mas não foram apenas a Air France e o STF que estamparam os noticiários. Espantei-me ao ver a capa da revista Época com a manchete “Deus é pop”. A notícia continua: “Uma pesquisa inédita revela que 95% dos jovens brasileiros se dizem religiosos – e eles estão em busca de novas formas de expressar a fé”. Cada um a sua forma, com idade entre 18 e 29 anos, 65% afirmam ser “profundamente religiosos”.

Alguns anos atrás, Humberto Gessinger, o mesmo que profetizou em uma canção que a juventude é uma banda em uma propaganda de refrigerante – um tempo depois Charlie Brown Jr. faria comerciais para a Coca-Cola - afirmava que o papa é pop.

Bem, se o papa fosse pop nos dias de hoje, nunca veríamos manchetes como essas: “Sexo casual entre brasileiros cresce, mas proteção diminui”, “Mais de 10% dos jovens brasileiros encontra parceiro sexual através da Internet”, “Mais jovens têm relações sexuais antes dos 15 anos; nº de parceiros aumenta”.

O papa foi passado para trás, mas Deus está aí: “bombando”, como disse uma garota, seguidora da igreja Bola de Neve, para a matéria da Época.

Um comentário:

Felipe Teles disse...

Tão verdade quanto o papa é POP seria a besteira sobre o diploma...

Pra mim na época foi coisa de quem não tem diploma.

Tem tanta gente que tem é..francamente.. e pessoas que não tem que eu...blaaaa... (Digo em N cursos)

Alias.. eu fui um dos primeiros a ver seu diploma.. um... quero um rs..