Uma vez, um professor explicou para a sala porque lembramos pouco, ou quase nada, do início da nossa infância. Isto é, do período de meses até uns quatro ou cinco anos de idade, mais ou menos. Alguns sequer têm memórias dessa época. Segundo ele, como não sabíamos nomear tudo o que víamos e distinguir com perfeição cores e formas, as lembranças são vagas e curtas.
Isso explica porque eu demorei anos para identificar o que Claúdio Zoli dizia na música “Noite do prazer”. Como nomear o que não conhecemos?
A noite vai ser boa
De tudo vai rolar
De certo que as pessoas
Querem se conhecer
Se olham e se beijam
Numa festa genial
Refrão:
Na madrugada a vitrola rolando um blues
&*¨%$#*&¨%#$¨&
Eu sinto por dentro uma força vibrando uma luz
A energia que emana de todo prazer
Prazer em estar contigo
Um brinde ao destino
Será que o meu signo
Tem a ver com o seu?
Vem ficar comigo
Depois que a festa acabar
No segundo verso do refrão, eu ouvia algo como: “Trocando de biquíni sem parar” ou “Rolando de biquíni sem parar”. Mas nenhuma das opções fazia sentido algum. Imagine uma mulher que tem dezenas de biquínis e os troca sem parar ou, ainda, alguém que rola de biquíni o tempo todo. Eu sabia que não era isso, mas não conseguia entender nada diferente. Até que um dia conheci B. B. King. E eis que surgiu uma luz. Quando ouvi a música novamente e chegou no polêmico trecho, matei a charada:
Na madrugada a vitrola rolando um blues
Tocando B. B. King sem parar
Eu sinto por dentro uma força vibrando uma luz
A energia que emana de todo prazer
Depois de conhecer um dos maiores nomes do blues, mudei minha concepção sobre a Noite do Prazer. E dou risada toda vez que ouço a canção.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
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Um comentário:
ahhahaahahah, jura que não tem nada a ver com Trocando de biquini sem parar rs...
ahh..
Mas musicas sao assim, nao precisam de muito sentido...
Po adorava essa musica..agora vou rir tambem rs..
Pasmo..
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