segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Ferrado e sem meia. Algo mais?

Como já dizia um professor que tive, estudante sempre está duro. Acabar o crédito no bilhete único, precisar de dinheiro para tomar um lanche ou para sair, dever dinheiro para o pai, a mãe, os amigos e para a vó é algo comum entre eles. Contudo, parece que nem todos sabem disso, pois alguns querem que a meia-entrada acabe.

Um amigo estava me contando sobre o assunto e disse até que estão estudando a possibilidade de não haver meia-entrada nos finais de semana e feriados. E eis que me pergunto: "Então, que dia sobra? E quanto aos que trabalham e estudam e só têm esses dias para sair?".

Hoje de manhã, saiu uma pequena nota no Metrô News envolvendo o tema: "O ministro da Cultura, Juca Ferreira, disse que está havendo um derrame de carteiras estudantis falsas, inviabilizando o acesso a cultura, em função dos altos preços praticados pelos organizadores dos eventos. Medida usada para compensar o número de meia-entradas e o próprio lucro do espetáculo...".

Ao invés de tirar o benefício, não seria melhor confiscar as carteirinhas na entrada? Isto é, se o problema é mesmo esse: documentos falsos. Um tempo atrás, lembro-me que era muito mais barato ir ao cinema, por exemplo. Não que justifique, mas há ingressos que são tão caros que o preço da inteira é um absurdo. Conseqüentemente, há quem falsifique. E o acesso à cultura já é tãaaao grande que um ato desses só vai desestimular os estudantes e diminuir a quantidade de público em espetáculos culturais. Aliás, só vai revoltá-los, pois duvido que aceitem perder o direito da meia-entrada.

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