sábado, 21 de março de 2009

Minha ausência

Não é que falte assunto. Os ponteiros do relógio é que completam a volta rápido demais e me deixam perdida. Se tempo custasse mesmo dinheiro, eu compraria algumas horas a mais para o meu dia. Embora, às vezes, eu pense em avançar algumas semanas.

Lá se foram mais sessenta minutos. O tempo não precisa que eu faça algo para continuar a longa jornada sem fim. Sai correndo e não diz nada. Não espera. Não avisa que já está indo. Só vai. E não volta. Não alerta quando chega a hora certa. Existe hora certa?

Andamos em linhas paralelas e, um dia, quando a minha terminar, a dele vai prosseguir e nem vai dar tempo de me despedir. Mas eu odeio despedidas. Ele sabe disso.

E não adianta querer enganá-lo. Ninguém consegue. Acho que ainda tenho muito tempo, mas mesmo as linhas que se cruzam, não o fazem para sempre. E ele não avisa, embora eu cisme que costume dar pistas. Ainda tenho muito o que aprender. Mas não para e me diz se estou no caminho certo. Talvez porque não exista um. Ninguém anda em linhas retas.

Tempo. Mas que diabos é o tempo?

Sim, essa foi uma tentativa de justificar a semana ausente no blog. Foi o tempo.

3 comentários:

Chico Junior disse...

Se houvesse moeda para o tempo ele seria símbolo do capitalismo (...) e perderia o caráter de coletividade que dá aos seres humanos.

Camila Caringe disse...

Bem-vinda à vida.

Andréia Félix disse...

Devo dizer que antes de fazer esse texto me fizeram ouvir Radiohead. Isso explica o tom meio deprê.